Novas fábricas consolidam polo automotivo do Paraná 01/10/2013 - 11:20

O Paraná vai ganhar nesta semana mais duas novas indústrias do setor automotivo. No dia 02 de outubro, a montadora norte-americana Paccar inicia a produção dos caminhões DAF em Ponta Grossa. No dia 03 de outubro a japonesa Sumitomo começa a operação da fábrica de pneus em Fazenda Rio Grande. As multinacionais foram atraídas por meio do programa Paraná Competitivo, criado pelo Governo do Estado no início de 2011, e consolidam o polo automotivo paranaense como o mais moderno do país.

"O Paraná voltou a ser destino de investimentos internacionais e nacionais. Restabelecemos um ótimo ambiente para negócios e a confiança dos investidores, com segurança jurídica e respeito aos contratos", afirma o governador Beto Richa, que confirmou presença nas duas inaugurações. "É o maior ciclo de industrialização da história do Paraná", completa.

Em pouco mais de dois anos, os empreendimentos industriais instalados no Estado, bem como a expansão de unidades já existentes, somam R$ 25 bilhões. A maior parte – R$ 22 bilhões – apoiada pelo Paraná Competitivo. Os demais receberam apoio por meio financiamento do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico do Extremo Sul (BRDE). Os investimentos propiciam a criação de 171 mil empregos diretos e indiretos, em todas as regiões.

O governador adianta ainda que o Governo está em negociações avançadas com outras montadoras. "Queremos ampliar ainda mais esse importante setor que gera emprego qualificado e renda para a nossa população", reforça Richa.

Na semana passada a alemã Audi formalizou investimento de R$ 504 milhões para retomar a produção do compacto A3 e do utilitário esportivo Q3. Nos próximos dias, a Volkswagen anunciará R$ 700 milhões na produção do novo Golf na planta de São José dos Pinhais.

As novas empresas se somam a Renault, Volkswagen, Volvo, Fiat, Catterpillar, Nissan, Case New Holland e ao amplo parque de fornecedores e fabricantes de peças localizado principalmente em Curitiba e Região Metropolitana. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o polo automotivo do Paraná respondeu por 15,4 % da produção brasileira em 2012. O resultado foi quase quatro pontos percentuais superior ao de 2010, quando o Paraná participou com 11,6 % dos veículos fabricados em todo o país.

APOIO - De acordo com dirigentes das duas multinacionais o bom ambiente para negócios no Estado, as políticas de incentivos do Governo e as condições favoráveis de infraestrutura local foram essenciais para a instalação das empresas no Paraná.

O presidente mundial da Paccar, Mark Pigott, afirmou que o Governo se mostra parceiro dos empresários porque tem consciência da importância da geração de renda e emprego para a sua população. “Estamos honrados em merecer este apoio”, disse.

“As boas condições econômicas e sociais do Paraná foram referências para a instalação da nossa empresa no Paraná”, afirmou o presidente mundial da Sumitomo Rubber Industries, Ikuji Ikeda. Os dois executivos voltam ao Paraná nesta semana para participar das cerimônias de inaugurações das unidades.

FÁBRICAS - A norte-americana Paccar vai fabricar caminhões da subsidiária holandesa DAF em Ponta Grossa. A empresa investiu cerca de US$ 200 milhões no empreendimento que está criando cerca de 500 novos empregos diretos na região dos Campos Gerais. É a primeira fábrica DAF fora da Europa. A unidade ocupa uma área de 500 hectares às margens da PR-151, entre os municípios de Ponta Grossa e Carambeí, onde serão montados os caminhões nos modelos LF, CF e XF.

Já a japonesa Sumitomo inaugura em Fazenda Rio Grande a primeira base de produção do grupo na América do Sul. A empresa está investindo R$ 560 milhões na fábrica em Fazenda Rio Grande, numa área de 500 mil metros quadrados. Em plena capacidade, serão produzidos diariamente 15 mil pneus. Até 2016, a empresa deve empregar 1,5 mil pessoas.

ACIMA DA MÉDIA - O secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, destaca que os bons resultados são confirmados por índices oficiais. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a economia do Paraná cresce bem acima da média nacional.

O Produto Interno Bruto (PIB) paranaense cresceu 3,9% no primeiro semestre de 2013, acima dos 2,6% registrados no PIB nacional. Já a produção industrial do Paraná cresceu quase cinco vezes mais do que a brasileira, 9,8 % contra 2 %, em julho desse ano.

"O Paraná registra a 22 meses seguidos crescimento no emprego industrial. Esses dados são reflexos do dinamismo da nossa economia pautada em um setor industrial em expansão, no forte agronegócio e no setor de serviços diversificado. Tudo isso aliado à política de incentivos e atração de investimentos do Governo do Estado", afirma Ricardo Barros.

O modelo da política de industrialização adotada pelo Paraná nos últimos anos é destacado pelo secretário estadual do Planejamento, Cassio Taniguchi. “A política busca disseminar o desenvolvimento para todas as regiões do Estado, de forma a fomentar a economia local, gerar emprego e renda para os cidadãos de todo o Estado”, afirma o secretário. Mais de dois terços dos empreendimentos atraídos para o Paraná estão no interior. Pesquisa do Ministério do Trabalho indica que estão nas cidades do interior do cerca de 70% dos empregos criados no Paraná de 2011 para cá.

PARANÁ COMPETITIVO - Um dos maiores trunfos para a atração das empresas foi a implantação do programa Paraná Competitivo. Lançado em fevereiro, o programa contempla uma série de medidas de incentivos ao setor produtivo, por meio da dilação de prazos para recolhimento do ICMS, investimentos para melhoria da infraestrutura, da capacitação profissional, da desburocratização e da internacionalização do Estado.

“Os resultado obtido até agora pelo Paraná Competitivo resume o acerto dos programas de incentivo aos setores produtivos para expandir a economia estadual, fundamentados na credibilidade política e segurança jurídica”, afirma o secretário estadual da Fazenda, Luiz Carlos Hauly. “O programa é um marco na história da industrialização do Estado”, diz Hauly.