Cai a taxa de analfabetismo em Curitiba 11/07/2012 - 11:07
Curitiba avançou mais uma vez no combate ao analfabetismo. Na capital paranaense, que já é reconhecida nacionalmente com o selo “cidade livre de analfabetismo”, do Governo Federal, o número de analfabetos com mais de 15 anos de idade caiu de 3,38% para 2,13% da população em dez anos. Os dados são do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2000, Curitiba tinha 40.244 pessoas nesta faixa etária sem saber ler nem escrever. Em 2010, o número caiu para 29.839. É como se a cada ano cerca de mil pessoas fossem alfabetizadas na cidade. São números que colocam Curitiba bem abaixo da taxa nacional de 9,6% da população analfabeta com mais de 15 anos.
"Caminhamos para a erradicação do analfabetismo e já conseguimos atingir uma taxa de alfabetização próxima a 100% fazendo da educação a prioridade de investimentos do município", diz a secretária municipal da Educação, Liliane Sabbag. "Os programas para diminuir o número de analfabetos têm contribuído para essa conquista".
Pelo trabalho no combate ao analfabetismo, Curitiba conquistou em 2007 o selo “cidade livre de analfabetismo” do Governo Federal. O título foi entregue a 64 municípios com índices de analfabetismo menores que 4% da população.
Jovens e Adultos - Atualmente, a Prefeitura está alfabetizando 1.907 pessoas com mais de 15 anos de idade. Somente nas cem turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) são 1.678 estudantes. As aulas são noturnas e ofertadas em 68 escolas municipais.
A cuidadora de idosos Irene da Rosa, de 56 anos, voltou a ler e a escrever. Ela foi aluna do EJA na Escola Municipal Araucária, no Bairro Alto. “Na infância, cheguei a ir para escola por dois anos, mas o tempo passou e eu esqueci o que aprendi”, diz Irene. “É bom poder voltar a estudar na minha idade”.
Irene conta que, com a leitura, a vida ficou mais fácil. “Até para conversar é melhor. Parece que a gente sabe mais das coisas quando lê”, afirma. Dedicada aos estudos, Irene ficou em segundo lugar, em sua categoria, no concurso de frases sobre o aniversário de Curitiba promovido pela Secretaria Municipal da Educação em 2011. “Como sei ler, agora também vou poder contar historinhas para os meus netos e até aprender um pouquinho mais com eles.”
Voluntários - O trabalho da Prefeitura para acabar com a exclusão dos que não sabem ler e escrever conta ainda com uma rede de colaboradores. No momento, o programa Hora da EJA, que funciona durante o dia reúne 24 voluntárias. Elas ajudam a melhorar a vida de 112 alunos que estudam em 18 locais alternativos, como igrejas e associações de moradores.
Além disso, outros 117 alunos estudam em 16 unidades de saúde com ajuda de 24 voluntários. O programa é chamado Alfabetizando com Saúde.
EJA tem vagas para todos
Ninguém fica sem vaga nos cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Embora nem todas as escolas ofertem esta modalidade, se houver demanda, qualquer uma pode abrir o curso. As aulas são realizadas à noite. Em alguns casos, dependendo da procura e da disponibilidade de salas, podem ser ofertadas aulas também durante o dia.
Ao contrário do ensino regular, na EJA o aluno pode se matricular em qualquer época do ano. Basta ter 15 anos completos. Também não existe um prazo para a conclusão do curso. Em média, quem entra sem nenhum conhecimento do código lingüístico, demora de seis a oito meses para reconhecer as letras e ler pequenas palavras. O certificado de 4ª série é recebido, geralmente, em dois anos.
Todo o atendimento, do material ao planejamento das aulas, é especial para o aluno do EJA. O professor é capacitado para trabalhar com adultos. A aula é quase individualizada, já que é preciso aproveitar os níveis de conhecimento de cada um. Para dar a atenção especial que o curso exige, as classes não podem ter mais que 28 alunos.
Ensino regular - O avanço na alfabetização em Curitiba também é fruto do trabalho para que adolescentes concluam o ensino fundamental com as competências exigidas. "No ensino regular também é preciso ter resultados de qualidade. Assim a cidade não produzirá analfabetos funcionais", explica a diretora do departamento de Ensino Fundamental da Secretaria Municipal da Educação, Maria Jose Diniz Serenato.
A Prefeitura tem 183 escolas municipais e 189 creches, os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Em 2010, pela terceira vez, a cidade teve o melhor desempenho entre as capitais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador do Ministério da Educação criado para medir a qualidade do ensino oferecido nas escolas públicas.
Curitiba obteve índice de 5,7 na avaliação dos anos iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª série).
Em 2000, Curitiba tinha 40.244 pessoas nesta faixa etária sem saber ler nem escrever. Em 2010, o número caiu para 29.839. É como se a cada ano cerca de mil pessoas fossem alfabetizadas na cidade. São números que colocam Curitiba bem abaixo da taxa nacional de 9,6% da população analfabeta com mais de 15 anos.
"Caminhamos para a erradicação do analfabetismo e já conseguimos atingir uma taxa de alfabetização próxima a 100% fazendo da educação a prioridade de investimentos do município", diz a secretária municipal da Educação, Liliane Sabbag. "Os programas para diminuir o número de analfabetos têm contribuído para essa conquista".
Pelo trabalho no combate ao analfabetismo, Curitiba conquistou em 2007 o selo “cidade livre de analfabetismo” do Governo Federal. O título foi entregue a 64 municípios com índices de analfabetismo menores que 4% da população.
Jovens e Adultos - Atualmente, a Prefeitura está alfabetizando 1.907 pessoas com mais de 15 anos de idade. Somente nas cem turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) são 1.678 estudantes. As aulas são noturnas e ofertadas em 68 escolas municipais.
A cuidadora de idosos Irene da Rosa, de 56 anos, voltou a ler e a escrever. Ela foi aluna do EJA na Escola Municipal Araucária, no Bairro Alto. “Na infância, cheguei a ir para escola por dois anos, mas o tempo passou e eu esqueci o que aprendi”, diz Irene. “É bom poder voltar a estudar na minha idade”.
Irene conta que, com a leitura, a vida ficou mais fácil. “Até para conversar é melhor. Parece que a gente sabe mais das coisas quando lê”, afirma. Dedicada aos estudos, Irene ficou em segundo lugar, em sua categoria, no concurso de frases sobre o aniversário de Curitiba promovido pela Secretaria Municipal da Educação em 2011. “Como sei ler, agora também vou poder contar historinhas para os meus netos e até aprender um pouquinho mais com eles.”
Voluntários - O trabalho da Prefeitura para acabar com a exclusão dos que não sabem ler e escrever conta ainda com uma rede de colaboradores. No momento, o programa Hora da EJA, que funciona durante o dia reúne 24 voluntárias. Elas ajudam a melhorar a vida de 112 alunos que estudam em 18 locais alternativos, como igrejas e associações de moradores.
Além disso, outros 117 alunos estudam em 16 unidades de saúde com ajuda de 24 voluntários. O programa é chamado Alfabetizando com Saúde.
EJA tem vagas para todos
Ninguém fica sem vaga nos cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Embora nem todas as escolas ofertem esta modalidade, se houver demanda, qualquer uma pode abrir o curso. As aulas são realizadas à noite. Em alguns casos, dependendo da procura e da disponibilidade de salas, podem ser ofertadas aulas também durante o dia.
Ao contrário do ensino regular, na EJA o aluno pode se matricular em qualquer época do ano. Basta ter 15 anos completos. Também não existe um prazo para a conclusão do curso. Em média, quem entra sem nenhum conhecimento do código lingüístico, demora de seis a oito meses para reconhecer as letras e ler pequenas palavras. O certificado de 4ª série é recebido, geralmente, em dois anos.
Todo o atendimento, do material ao planejamento das aulas, é especial para o aluno do EJA. O professor é capacitado para trabalhar com adultos. A aula é quase individualizada, já que é preciso aproveitar os níveis de conhecimento de cada um. Para dar a atenção especial que o curso exige, as classes não podem ter mais que 28 alunos.
Ensino regular - O avanço na alfabetização em Curitiba também é fruto do trabalho para que adolescentes concluam o ensino fundamental com as competências exigidas. "No ensino regular também é preciso ter resultados de qualidade. Assim a cidade não produzirá analfabetos funcionais", explica a diretora do departamento de Ensino Fundamental da Secretaria Municipal da Educação, Maria Jose Diniz Serenato.
A Prefeitura tem 183 escolas municipais e 189 creches, os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Em 2010, pela terceira vez, a cidade teve o melhor desempenho entre as capitais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador do Ministério da Educação criado para medir a qualidade do ensino oferecido nas escolas públicas.
Curitiba obteve índice de 5,7 na avaliação dos anos iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª série).