Campo Largo: Richa visita obras de novo hospital que ofertará leitos para o SUS 23/05/2014 - 16:38

O governador Beto Richa visitou no dia 23 de maio as obras do novo Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Junto com o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto; o diretor do hospital, Luiz Ernesto Wendler, e o prefeito de Campo Largo, Affonso Portugal Guimarães, o governador destacou a importância dos serviços que o hospital já presta para o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de sua primeira unidade, que já funciona desde 1970.

Com 260 leitos, a primeira unidade do Hospital do Rocio, já disponibiliza ao SUS mais de 90% dos 260 leitos – 160 de internamento geral, 56 leitos de UTI adulto, 35 de UTI neonatal e além de 10 leitos de UTI. “A estrutura é muito adequada e garante um atendimento humano aos pacientes”, afirmou Richa.

O Hospital do Rocio é referência nacional em cirurgias cardíacas infantis. Foi reconhecido pelo Ministério da Saúde como o hospital que mais realiza este tipo de procedimento no Brasil.

O novo hospital, cujas obras estão sendo concluídas pelo grupo que administra a instituição, tem previsão de 1.200 leitos gerais, sendo 200 de UTI adulto e 105 de UTI neonatal. É o maior número de leitos de UTI em um único hospital, na América do Sul. A nova estrutura deverá ser inaugurada em agosto deste ano, com dois terços de funcionamento. O diretor do hospital, Luiz Ernesto Wendler, explicou que a nova unidade também será credenciada ao SUS para fortalecer o sistema de saúde do Paraná.

“Vamos disponibilizar 98% do atendimento para o SUS, pois ele é a nossa bandeira, porque o pagamento é feito corretamente, em 30 dias. Essa garantia é importante para mantermos o hospital com nossos compromissos financeiros”, disse ele. A unidade irá atender pacientes de todo o estado, principalmente de Curitiba e Região Metropolitana.

O secretário da Saúde ressaltou que só o novo hospital Nossa Senhora do Rocio terá mais UTIs conveniadas ao SUS do que todos os outros hospitais da capital, juntos. “É uma instituição estratégica, por ser referência da rede Mãe Paranaense e Rede Paraná Urgência e pela oferta de grande parte de seus leitos ao SUS. Por isso, tem a parceria do governo estadual”, afirmou Michele Caputo.

DIÁLOGO E SAÚDE – No encontro com funcionários e operários da construção do hospital, dos quais 30% mulheres, o governador disse, ainda, que a oferta de leitos de um hospital particular ao SUS é fruto da retomada do diálogo com a iniciativa privada. “Temos apoiado hospitais de todas as regiões do Paraná. O diálogo com o setor privado garante investimentos em todas as áreas”, afirmou Richa.

O governador ressaltou que na área da saúde os números alcançados desde 2011, como a redução da mortalidade materno-infantil, são frutos de investimentos, melhorias em estruturas e planejamento. “Além disso, o resultado se deve, também, ao Programa Mãe Paranaense. O Paraná foi apontado pelo Ministério da Saúde como o estado brasileiro que mais reduziu a mortalidade materna e atingiu a menor taxa de mortalidade infantil da história”, disse Richa.

Ele lembrou que o Paraná passou do 10º para o 3º lugar no ranking de transplantes em todo o território nacional, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O avanço foi possível graças às medidas do governo estadual para acelerar o processo de doação, por meios profissionais altamente capacitados, de uma rede de saúde com infraestrutura adequada e da frota aérea estadual utilizada para transporte.

“A frota aérea do Estado salva vidas, sem burocracia”, afirmou Richa. Hoje, 70% dos deslocamentos da frota aérea do estado são para serviços de saúde. Outro avanço foi a expansão dos serviços do Samu. Antes o atendimento era feito em apenas 15 municípios, hoje está presente em 300 municípios.

MAIS UTIs – Desde 2011, os investimentos do Governo do Estado geraram impactos positivos na criação de leitos para Unidades de Terapia Intensiva. Em janeiro de 2011, o Estado contava com 1.268 leitos de UTI vinculados ao SUS. Em três anos, este número subiu para 1.588 leitos, com crescimento de 25%. São 388 leitos a mais em hospitais públicos e filantrópicos, implantados com apoio do Estado em obras, equipamentos e custeio.

O secretário Michele Caputo ressaltou que com o funcionamento de mais 260 leitos que estão programados para até o fim de 2014, o número de leitos de UTI para atendimento público no Paraná aumentará 46% em quatro anos.

Além dos 200 leitos do Hospital do Rocio, estão previstos mais 20 no Hospital João de Freitas, em Arapongas; 20 na Uopeccan de Umuarama; dez no Hospital Municipal de Palotina, e dez na Santa Casa de Bandeirantes. “É o maior volume de leitos de UTI disponibilizados para o SUS em um único ano”, afirma Caputo Neto.

Participaram da visita do governador ao hospital, em Campo Largo, os prefeitos de municípios da região e os deputados estaduais Pedro Lupion e Fernando Francischini.

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