Com mais oportunidades de trabalho em Adrianópolis, técnico volta para casa 10/09/2013 - 15:10

O Paraná tem direcionado esforços para elevar o desenvolvimento e diminuir a pobreza no Norte da Região Metropolitana de Curitiba, onde se concentram os municípios do Vale do Ribeira. O Governo do Estado está em negociações com empresas do setor cimenteiro para atrair R$ 1 bilhão em investimentos à região e criar 10 mil empregos para os moradores de Bocaiuva do Sul, Rio Branco do Sul, Tunas do Paraná, Itaperuçu, Adrianópolis, Cerro Azul e Doutor Ulysses. 

O resgate da industrialização tem como base o programa de Paraná Competitivo, que oferece incentivos fiscais para as empresas se instalarem nas cidades. “Hoje as condições são muito favoráveis para quem decide apostar no Paraná. Somos o Estado que mais cresce na industrialização”, diz o governador Beto Richa.

A Margem Mineração apostou e agora constroi uma fábrica de cimento em Adrianópolis, município com um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado. 

Com a chegada da indústria, a população da cidade começa a colher os frutos. O jovem Rodgers Santos de Souza pode voltar para Adrianópolis, onde nasceu. Aos 17 anos, ele se mudou para Curitiba, pois não via perspectiva em Adrianópolis. “Se não tivesse essa fábrica, eu continuaria longe da família e de casa, tentando a vida sozinho”, afirma Rodgers, que é técnico em segurança do trabalho na obra. “Acho importante o Governo do Estado incentivar grandes empresas a se instalarem em cidades pequenas. Graças a isto, vemos o desenvolvimento do município”, diz ele.

O novo momento também é reconhecido pela assistente administrativa Adriane Souza Santos, que estava desempregada antes de a indústria chegar a Adrianópolis. "O movimento por aqui é outro: são novos restaurantes, casas pra alugar, pessoas reformando os estabelecimentos, até pessoas investindo em pousadas, em comércios”, conta ela.

Francisco Manuel da Silva trocou Pernambuco pelo Paraná. “Ouvi dizer que aqui tinha empregos e chances de crescer e não me enganei”, diz ele, que trabalha como carpinteiro no canteiro da Margem Cimentos. 

O Paraná está preparado para todo este desenvolvimento com um plano de crescimento ordenado para a região. “Há uma grande preocupação do Governo do Estado em dar a retaguarda necessária para este crescimento que é a infraestrutura, a educação, do ensino fundamental ao ensino superior, a saúde e a moradia”, diz o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o economista Gilmar Mendes Loureiro. 

Outras empresas - Além da Margem Cimentos, o Governo do Estado está em negociações adiantadas com mais três empresas do mesmo setor, como a chinesa Citic HIC (Heavy Industries Corporation). A empresa poderá abrir uma fábrica para produzir peças e equipamentos para a indústria cimenteira, em parceria com a brasileira CVR.

Já a Votorantim está investindo R$ 625 milhões na ampliação da fábrica de Rio Branco Sul. Depois de concluída, a fábrica será a maior produtora de cimento do Brasil. 

Paraná Competitivo - O Paraná vive seu melhor momento econômico com a entrada de investimentos da iniciativa privada que ultrapassam R$ 25 bilhões. O cenário otimista é fruto de um trabalho intenso e integrado do Governo do Estado e tem reflexos diretos nas diversas áreas.

Em 2011, o Governo do Estado criou o programa Paraná Competitivo para fortalecer o setor industrial e colocar de volta o Estado na agenda dos investidores nacionais e internacionais. O programa assegura uma série de benefícios para empreendimentos que criem empregos, renda e desenvolvimento sustentável. 

A carteira é diversificada. Já são mais de 120 empresas das áreas automotiva, autopeças, plataformas petrolíferas, biodiesel, alimentícia, máquinas pesas, pneus, papel e celulose. A expectativa é criar 150 mil empregos com os novos investimentos.


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