Comec implanta 04 degraus tarifários na rede integrada metropolitana 29/01/2016 - 16:20

A Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) vai implantar quatro degraus tarifários na Rede Integrada de Transporte Metropolitana (RIT/M). A partir de 01 de fevereiro (segunda-feira) as tarifas metropolitanas integradas passarão a custar R$ 3,70 (1º degrau), R$ 3,80 (2º degrau), R$ 3,90 (3º degrau) e R$ 4,70 (4º degrau).

A RIT/M atende 13 municípios e o deslocamento até Curitiba terá valores diferenciados. As cidades de Campo Magro, Campo Largo, Araucária e Pinhais fazem parte do 1º degrau e terão tarifa de R$ 3,70. Os municípios de São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré e Colombo são do 2º degrau e a tarifa custará R$ 3,80. Enquanto Piraquara e Fazenda Rio Grande compõem o 3º degrau e terão tarifa de R$ 3,90. E Bocaiuva do Sul, Contenda, Itaperuçu e Rio Branco do Sul, fazem parte do 4º degrau com tarifa de R$ 4,70.

O valor da passagem domingueira também passará a custar R$ 2,50 nas linhas metropolitanas integradas, assim como Curitiba.

Os usuários metropolitanos pagarão as novas tarifas somente para se deslocar de suas cidades de origem para Curitiba, onde poderão se integrar com as demais linhas do sistema sem pagar uma nova passagem. No retorno, pagarão a tarifa praticada em Curitiba.

O diretor-presidente da Comec, Omar Akel, explica que a adoção do degrau tarifário é necessária para garantir a integração e a justiça tarifária, pois ao se calcular o valor da passagem se considera a distância percorrida, o número de passageiros e os custos operacionais. A tarifa técnica representa o valor real por passageiro. Na média a tarifa técnica metropolitana é de R$ 4,98.

“O valor da passagem paga pelo usuário é menor que o valor da tarifa técnica porque através de um esforço do governo do Estado, que aumentou em 30% o valor do subsídio, foi possível reduzir o valor da passagem paga pelo usuário”, diz Akel.

Com a crise econômica brasileira os custos dos serviços e insumos têm se elevado acima da inflação enquanto a demanda tem sofrido uma redução expressiva. Atualmente a RIT/M atende cerca de 4,8 milhões de passageiros/mês.

O número de passageiros pagantes por quilômetro (IPK) da região metropolitana é de 1,38 enquanto o de Curitiba é de 2,19. “O IPK é fator determinante na definição da tarifa pois quanto maior o IPK, menor a tarifa”, informa Akel.

A desintegração financeira da RIT onerou fortemente a tarifa metropolitana, uma vez que a receita do retorno dos passageiros metropolitanos fica com a URBS e representa mais de R$ 14 milhões/mês, com linhas de menor extensão (em média 11 km), sem qualquer participação da Comec cujas linhas são bem maiores (em média 23 km).

Além disso, o transporte metropolitano tem como característica um grande carregamento no pico da manhã (quando a população se desloca para Curitiba para trabalhar/estudar) e no final da tarde (quando retorna para casa). Isto onera o sistema pela ociosidade de frota no entrepico.

Por outro lado, o sistema tem recebido uma série de intervenções visando seu aprimoramento, contando com um importante sistema de bilhetagem eletrônica e gerenciamento de frota em fase de implantação.