Cooperação com a Itália vai fortalecer produção de hortigranjeiros no PR 25/05/2012 - 14:44
O governador em exercício Flavio Arns assinou no dia 24 de maio termos de cooperação técnica com as regiões de Emilia Romagna e Toscana, na Itália, que abrem possibilidades de negócios e investimentos no Paraná. Entre os objetivos do acordo está aproveitar a experiência dos italianos em distribuição de alimentos para modernizar a Ceasa do Paraná e identificar no Estado oportunidades de negócios para pequenas e médias empresas da Itália, especialmente nas áreas têxtil e alimentícia.
De acordo com Arns, os acordos deverão contribuir para ampliar ainda mais a qualidade da produção paranaense de alimentos e do vestuário. Além disso, serão importantes para a modernização das Centrais Atacadistas de Alimentos do Paraná (Ceasa) e dos sistemas de produção e transporte de produtos hortifrutigranjeiros. O objetivo é fazer chegar um alimento de melhor qualidade e mais barato ao consumidor em todo o Estado.
Para isso, a região italiana de Emilia Romagna compromete-se a repassar o conhecimento e a tecnologia adquiridos nos últimos 30 anos, desde que começou a enfrentar problemas semelhantes aos que o Paraná tem hoje na área.
O presidente da Ceasa, Luiz Gusi, disse que a região foi escolhida como modelo para o processo de modernização da Ceasa e da logística de distribuição de alimentos depois de visitas a vários centros atacadistas importantes da Europa. Segundo ele, a experiência de Emilia Romagna foi a que apresentou maior identificação com a realidade do Paraná.
Técnicos do Centro Agroalimentar de Bologna e da Universidade de Bologna, na região de Emilia Romagna, estiveram em Curitiba há quatro anos e constataram o grande potencial da movimentação de frutas e hortaliças na Ceasa de Curitiba, mas identificaram falta de eficiência na padronização dos alimentos, na distribuição e logística até o produto chegar ao consumidor.
Agora, o termo de cooperação formaliza a parceria que pretende corrigir essas distorções. Os termos de cooperação técnica foram assinados também pelo secretário de Atividades Produtivas da região Emilia Romagna, Gian Carlo Muzzarelli, e pelos secretários da Agricultura, Norberto Ortigara, e da Indústria e Comércio, Ricardo Barros.
O secretário Norberto Ortigara ressaltou a experiência dos italianos na distribuição de alimentos e na possibilidade de replicar esse modelo em Curitiba e nas cidades onde a Ceasa tem unidades atacadistas, como Londrina, Maringá e Cascavel. “A região da Emilia Romagna passou pelo que vamos passar no futuro próximo e eles podem nos ajudar com suas experiências a trilhar esse caminho”, disse Ortigara.
Segundo o secretário, os italianos podem ajudar o Paraná principalmente na superação das dificuldades logísticas, que pode contribuir para o barateamento dos produtos que chegam ao consumidor. Essa aproximação deverá resultar em investimentos consistentes na melhoria dos processos produtivos nas propriedades rurais e em uma nova e moderna central atacadista, que deverá abastecer Curitiba e outras unidades no interior do Estado.
Outra possibilidade que se abre com esse acordo é o fortalecimento da padronização e da certificação dos alimentos, áreas onde os italianos têm bastante conhecimento. A medida deverá resultar na ampliação da importação e exportação de alimentos para a União Europeia a partir do Paraná, prevê Ortigara.
O evento ocorreu durante o Fórum de Agroindústria, Tecnologia e Ciência da Vida, realizado na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), com a presença de empresários italianos e paranaenses. Participaram do encontro a deputada federal Cida Borgheti, que é vice-presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Itália, e o vice-presidente da Fiep Hélio Bampi.
Segundo o cônsul da Itália no Paraná e Santa Catarina, Salvatore De Venezia, o intercâmbio econômico com o Brasil avançou 26% nos últimos anos e os negócios cresceram de US$ 9 bilhões para US$ 12 bilhões por ano. Ele identifica no acordo possibilidades de ampliar a internacionalização das pequenas e médias empresas italianas e de atração de turistas para aquele país.
ESTREITANDO RELACIONAMENTO – Antes do Fórum, o governador Flávio Arns e os secretários da Agricultura e Indústria e Comeŕcio, tiveram uma reunião informal com a comitiva italiana, liderada por Muzzarelli e o cônsul da Itália. Eles trataram da possibilidade de intensificar os negócios entre o Paraná e a Itália.
Segundo o cônsul italiano, seu país tem interesse em exportar para o Brasil produtos típicos, como massas, queijos e molhos, e o governo do Paraná manifestou interesse pelos investimentos das indústrias italianas no Estado, como forma de ampliar o intercâmbio já existente.
O secretário Ricardo Barros falou da importância da continuidade da cooperação paranaense com a Itália, país cuja economia tem muitas semelhanças com a do Paraná. Ele colocou a estrutura da Secretaria da Indústria e Comércio à disposição para criar as condições de atração para novos investimentos.
Muzzarelli reforçou o comprometimento da Emilia Romagna com o Paraná e afirmou que os italianos têm condições de participar dessa troca atuando na transferência de inovação tecnológica, competitividade e industrialização.
PALESTRAA – O secretário Norberto Ortigara fez uma apresentação sobre a dimensão e potencialidades da agricultura e da agroindústria paranaense. Ele ressaltou a capacidade dos italianos em dar valor aos produtos regionais, vinculando a marca à qualidade da produção de uma região, sinalizando que esse caminho pode ser trilhado no Paraná.
Falou da importância das culturas da soja, milho, café, mandioca, das usinas sucroalcooleiras, do aumento de produção e de produtividade nas atividades avícola, leiteira e de suco de laranja no Paraná. E apresentou ainda o potencial de cultivo de frutas, destacando que a cultura da uva tende a ser uma das grandes beneficiadas com essa cooperação com a Itália, em função do conhecimento que o país detém na condução dos pomares e de padronização de frutos.
Ortigara destacou que o Paraná assume posição de vanguarda no cenário previsto pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo a qual o Brasil produzirá no futuro 40% da demanda mundial de alimentos.
De acordo com Arns, os acordos deverão contribuir para ampliar ainda mais a qualidade da produção paranaense de alimentos e do vestuário. Além disso, serão importantes para a modernização das Centrais Atacadistas de Alimentos do Paraná (Ceasa) e dos sistemas de produção e transporte de produtos hortifrutigranjeiros. O objetivo é fazer chegar um alimento de melhor qualidade e mais barato ao consumidor em todo o Estado.
Para isso, a região italiana de Emilia Romagna compromete-se a repassar o conhecimento e a tecnologia adquiridos nos últimos 30 anos, desde que começou a enfrentar problemas semelhantes aos que o Paraná tem hoje na área.
O presidente da Ceasa, Luiz Gusi, disse que a região foi escolhida como modelo para o processo de modernização da Ceasa e da logística de distribuição de alimentos depois de visitas a vários centros atacadistas importantes da Europa. Segundo ele, a experiência de Emilia Romagna foi a que apresentou maior identificação com a realidade do Paraná.
Técnicos do Centro Agroalimentar de Bologna e da Universidade de Bologna, na região de Emilia Romagna, estiveram em Curitiba há quatro anos e constataram o grande potencial da movimentação de frutas e hortaliças na Ceasa de Curitiba, mas identificaram falta de eficiência na padronização dos alimentos, na distribuição e logística até o produto chegar ao consumidor.
Agora, o termo de cooperação formaliza a parceria que pretende corrigir essas distorções. Os termos de cooperação técnica foram assinados também pelo secretário de Atividades Produtivas da região Emilia Romagna, Gian Carlo Muzzarelli, e pelos secretários da Agricultura, Norberto Ortigara, e da Indústria e Comércio, Ricardo Barros.
O secretário Norberto Ortigara ressaltou a experiência dos italianos na distribuição de alimentos e na possibilidade de replicar esse modelo em Curitiba e nas cidades onde a Ceasa tem unidades atacadistas, como Londrina, Maringá e Cascavel. “A região da Emilia Romagna passou pelo que vamos passar no futuro próximo e eles podem nos ajudar com suas experiências a trilhar esse caminho”, disse Ortigara.
Segundo o secretário, os italianos podem ajudar o Paraná principalmente na superação das dificuldades logísticas, que pode contribuir para o barateamento dos produtos que chegam ao consumidor. Essa aproximação deverá resultar em investimentos consistentes na melhoria dos processos produtivos nas propriedades rurais e em uma nova e moderna central atacadista, que deverá abastecer Curitiba e outras unidades no interior do Estado.
Outra possibilidade que se abre com esse acordo é o fortalecimento da padronização e da certificação dos alimentos, áreas onde os italianos têm bastante conhecimento. A medida deverá resultar na ampliação da importação e exportação de alimentos para a União Europeia a partir do Paraná, prevê Ortigara.
O evento ocorreu durante o Fórum de Agroindústria, Tecnologia e Ciência da Vida, realizado na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), com a presença de empresários italianos e paranaenses. Participaram do encontro a deputada federal Cida Borgheti, que é vice-presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Itália, e o vice-presidente da Fiep Hélio Bampi.
Segundo o cônsul da Itália no Paraná e Santa Catarina, Salvatore De Venezia, o intercâmbio econômico com o Brasil avançou 26% nos últimos anos e os negócios cresceram de US$ 9 bilhões para US$ 12 bilhões por ano. Ele identifica no acordo possibilidades de ampliar a internacionalização das pequenas e médias empresas italianas e de atração de turistas para aquele país.
ESTREITANDO RELACIONAMENTO – Antes do Fórum, o governador Flávio Arns e os secretários da Agricultura e Indústria e Comeŕcio, tiveram uma reunião informal com a comitiva italiana, liderada por Muzzarelli e o cônsul da Itália. Eles trataram da possibilidade de intensificar os negócios entre o Paraná e a Itália.
Segundo o cônsul italiano, seu país tem interesse em exportar para o Brasil produtos típicos, como massas, queijos e molhos, e o governo do Paraná manifestou interesse pelos investimentos das indústrias italianas no Estado, como forma de ampliar o intercâmbio já existente.
O secretário Ricardo Barros falou da importância da continuidade da cooperação paranaense com a Itália, país cuja economia tem muitas semelhanças com a do Paraná. Ele colocou a estrutura da Secretaria da Indústria e Comércio à disposição para criar as condições de atração para novos investimentos.
Muzzarelli reforçou o comprometimento da Emilia Romagna com o Paraná e afirmou que os italianos têm condições de participar dessa troca atuando na transferência de inovação tecnológica, competitividade e industrialização.
PALESTRAA – O secretário Norberto Ortigara fez uma apresentação sobre a dimensão e potencialidades da agricultura e da agroindústria paranaense. Ele ressaltou a capacidade dos italianos em dar valor aos produtos regionais, vinculando a marca à qualidade da produção de uma região, sinalizando que esse caminho pode ser trilhado no Paraná.
Falou da importância das culturas da soja, milho, café, mandioca, das usinas sucroalcooleiras, do aumento de produção e de produtividade nas atividades avícola, leiteira e de suco de laranja no Paraná. E apresentou ainda o potencial de cultivo de frutas, destacando que a cultura da uva tende a ser uma das grandes beneficiadas com essa cooperação com a Itália, em função do conhecimento que o país detém na condução dos pomares e de padronização de frutos.
Ortigara destacou que o Paraná assume posição de vanguarda no cenário previsto pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo a qual o Brasil produzirá no futuro 40% da demanda mundial de alimentos.