Escola estadual de Fazenda Rio Grande é exemplo de inclusão 01/04/2013 - 11:31
O respeito às diferenças é uma ação diária para os alunos do Colégio Estadual Desembargador Jorge Andriguetto, em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. Em várias turmas do ensino convencional estão matriculados 35 alunos e, dentre eles, encontram-se estudantes surdos, com baixa visão, cegueira, deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades (superdotação).
A inclusão foi acontecendo gradativamente, a partir de um trabalho diário e de ações envolvendo a comunidade escolar. “Uma das barreiras foi a falta de cultura da inclusão, da solidariedade e do respeito. Tivemos que fazer um trabalho de conscientização com toda a escola, e também com as famílias”, explicou a pedagoga Marlise Clorinda Claudino. “A escola precisa estar mobilizada para que todos tenham o entendimento dos direitos que esses alunos têm”, disse.
De acordo com a pedagoga, os alunos da escola cresceram emocionalmente ao entender que cada pessoa pode ter uma necessidade específica para aprender ou conviver na sala de aula. “É nosso dever fazer com que o aluno se sinta bem na sala. Temos que ajudar para que ele não deixe a escola”, comentou o aluno do 7º ano, Thiago Sebastian Evangelista, 11 anos.
Clarice Verônica de Paula Romanoski, 13 anos, gosta muito da escola por causa das atividades, dos professores e dos colegas. Para ela, que já tem objetivos traçados, estudar é um caminho para progredir na vida. “Quero ser professora de inglês. Gostaria de ensinar as pessoas a conhecerem outro idioma”, comentou a aluna que é cega. Na escola há três anos, Clarice conta com o apoio dos colegas em várias situações. “Sentava ao lado e lia para ela. Conversávamos no recreio”, disse Juliana Coelho, 12 anos, do 8º ano, que estudou com Clarice ano passado.
O mesmo apoio sempre aparece no trânsito entre a escola e o ônibus do transporte escolar. Os colegas também conduzem a estudante cega pela escola nos intervalos e ajudam na hora do lanche. “Temos que respeitar e ajudar no que for possível. Minha avó era cega e sei que existem dificuldades”, disse Brenda Alves de Paula, 14 anos.
CONVÍVIO - Além do bom convívio entre os estudantes, professores e funcionários, são feitos investimentos em profissionais para o atendimento a esses alunos - intérprete de Libras, professor de apoio à aprendizagem, materiais pedagógicos específicos, como máquinas Braille para alunos cegos. “Temos que buscar outras metodologias, de acordo com cada deficiência. Isso nos faz ir atrás de mais informações e de estudos para lidarmos bem com o nosso trabalho e com os alunos”, comentou o professor de matemática, Márcio Santos.
Os alunos compreendem quando os professores fazem avaliações diferenciadas para aqueles que necessitam deste recurso e não veem isso como protecionismo, mas com um instrumento que vai ao encontro da necessidade especial de cada um deles. A adaptação curricular também é uma prática necessária.
No Paraná, mais de 21 mil alunos especiais estão incluídos no ensino regular. “A inclusão dos alunos com deficiência é uma política da Secretaria de Estado da Educação, assim como garantir o direito do acesso e a permanência na escola, na qual recebem educação de qualidade”, destacou a diretora do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, Walquiria Onete Gomes.
A inclusão foi acontecendo gradativamente, a partir de um trabalho diário e de ações envolvendo a comunidade escolar. “Uma das barreiras foi a falta de cultura da inclusão, da solidariedade e do respeito. Tivemos que fazer um trabalho de conscientização com toda a escola, e também com as famílias”, explicou a pedagoga Marlise Clorinda Claudino. “A escola precisa estar mobilizada para que todos tenham o entendimento dos direitos que esses alunos têm”, disse.
De acordo com a pedagoga, os alunos da escola cresceram emocionalmente ao entender que cada pessoa pode ter uma necessidade específica para aprender ou conviver na sala de aula. “É nosso dever fazer com que o aluno se sinta bem na sala. Temos que ajudar para que ele não deixe a escola”, comentou o aluno do 7º ano, Thiago Sebastian Evangelista, 11 anos.
Clarice Verônica de Paula Romanoski, 13 anos, gosta muito da escola por causa das atividades, dos professores e dos colegas. Para ela, que já tem objetivos traçados, estudar é um caminho para progredir na vida. “Quero ser professora de inglês. Gostaria de ensinar as pessoas a conhecerem outro idioma”, comentou a aluna que é cega. Na escola há três anos, Clarice conta com o apoio dos colegas em várias situações. “Sentava ao lado e lia para ela. Conversávamos no recreio”, disse Juliana Coelho, 12 anos, do 8º ano, que estudou com Clarice ano passado.
O mesmo apoio sempre aparece no trânsito entre a escola e o ônibus do transporte escolar. Os colegas também conduzem a estudante cega pela escola nos intervalos e ajudam na hora do lanche. “Temos que respeitar e ajudar no que for possível. Minha avó era cega e sei que existem dificuldades”, disse Brenda Alves de Paula, 14 anos.
CONVÍVIO - Além do bom convívio entre os estudantes, professores e funcionários, são feitos investimentos em profissionais para o atendimento a esses alunos - intérprete de Libras, professor de apoio à aprendizagem, materiais pedagógicos específicos, como máquinas Braille para alunos cegos. “Temos que buscar outras metodologias, de acordo com cada deficiência. Isso nos faz ir atrás de mais informações e de estudos para lidarmos bem com o nosso trabalho e com os alunos”, comentou o professor de matemática, Márcio Santos.
Os alunos compreendem quando os professores fazem avaliações diferenciadas para aqueles que necessitam deste recurso e não veem isso como protecionismo, mas com um instrumento que vai ao encontro da necessidade especial de cada um deles. A adaptação curricular também é uma prática necessária.
No Paraná, mais de 21 mil alunos especiais estão incluídos no ensino regular. “A inclusão dos alunos com deficiência é uma política da Secretaria de Estado da Educação, assim como garantir o direito do acesso e a permanência na escola, na qual recebem educação de qualidade”, destacou a diretora do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, Walquiria Onete Gomes.