Famílias quilombolas de Adrianópolis recebem as chaves da casa própria 14/11/2014 - 10:40

Vinte e duas famílias de onze diferentes comunidades quilombolas de Adrianópolis, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), receberam, no dia 13 de novembro, as chaves de suas novas casas. As moradias foram construídas em parceria entre o Governo do Estado, através da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), e a prefeitura. Foram investidos R$ 550 mil no projeto, recursos do tesouro estadual.

Graças aos subsídios, as famílias beneficiadas arcarão apenas com quatro parcelas anuais de R$ 250 pelos imóveis. O objetivo é estimular a permanência delas em suas comunidades de origem, evitar o êxodo rural e melhorar a qualidade de vida da população local. Desde 2011, os projetos estaduais já beneficiaram 76 famílias quilombolas de Adrianópolis, com investimento de aproximadamente R$ 2,1 milhões.

Durante a entrega de chaves, realizada em uma das residências, o prefeito de Adrianópolis, João Manoel, agradeceu o suporte do governo estadual aos projetos habitacionais no município. “Agora as famílias têm um motivo a mais para permanecerem aqui no nosso município”, disse. “Temos várias comunidades quilombolas que ainda precisam ser atendidas e o apoio do Governo do Estado é fundamental para que possamos avançar ainda mais na construção de casas populares”, concluiu.

O gerente do escritório regional da Cohapar de Curitiba, Alceu Ricardo Swarowski, reafirmou o compromisso do governo estadual em investir em novos projetos de habitação popular. “O governador Beto Richa tem uma preocupação especial com a habitação, em especial com as famílias quilombolas”, afirmou. “Além de promoverem a melhoria da qualidade de vida das famílias paranaenses, as obras também ajudam na geração de emprego e renda nos municípios”, completou o gerente.

PARA MELHOR – A família de José Pedroso, de 52 anos, foi uma das beneficiadas com uma nova moradia. Para ele, a casa significará mais segurança e tranquilidade para o seu pai, Antônio Pedroso, de 78 anos. “A gente vivia numa casa de madeira sem banheiro, mas nunca conseguimos fazer nada pra melhorar porque o que nós plantamos dá só para o próprio sustento”, contou.

Para Maria Lucia de Matos, que viveu a vida inteira na mesma comunidade, onde casou e teve dois filhos, o mais importante será receber o restante da família em casa. “Esse vai ser o primeiro Natal que nós vamos passar numa casa nova”, disse. “Agora nós vamos tentar comprar móveis novos aos poucos e deixar tudo bem bonito. Casa nova, vida nova”, comemorou.

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