Governo discute alternativas para avicultores da RMC 24/05/2012 - 11:00

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, reuniu-se no dia 23 de maio, com o diretor de Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável do frigorífico Marfrig, Clever Pirola Ávila, para discutir alternativas para avicultores de municípios da Região Metropolitana de Curitiba afetados pelo fechamento de empresas do ramo. Entre as possibilidades discutidas está a inclusão da empresa no programa Paraná Competitivo, que prevê benefícios fiscais e na área de infraestrutura para empresas que investem no Estado.

De acordo com Ortigara, a situação dos avicultores da região configura um drama social. São 140 aviários que somam 145.720 metros quadrados de construções e foram excluídos do processo de integração em função de desativação de empresas integradoras.

Conforme levantamento da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, os aviários desativados estão nos municípios de Tijucas do Sul, Mandirituba e Agudos do Sul. São 92 aviários paralisados em Tijucas do Sul, 43 em Mandirituba e 5 em Agudos do Sul. Os produtores fizeram investimentos para atender demanda da empresa integradora que atuava na região e, quando a indústria foi desativada, ficaram com as estruturas e com dívidas.

Também presente à reunião, o coordenador de Promoção Industrial e Comercial da Secretaria da Indústria e Comércio, Mauro Corbellini, disse que o governo estadual está se empenhando para criar condições e mecanismos adaptáveis aos empreendimentos privados planejados para o Estado.

De acordo com o representante da Marfrig, para ampliar a estrutura de integração no Paraná os avicultores precisam seguir a legislação federal, sobretudo as instruções normativas que regem o setor e a legislação ambiental.

A Marfrig atua na integração de aves e suínos, comercializa alimentos com a marca Seara e mantém atualmente cerca de 600 produtores integrados no Paraná. Segundo Avila, está em andamento um projeto de expansão das plantas industriais da empresa na Lapa e em Jacarezinho. A previsão é duplicar a capacidade da empresa no Estado até 2015.

A intenção da empresa é reforçar sua participação no mercado interno, no qual a demanda está aquecida. O Brasil está chegando à marca de consumo de 50 quilos por habitante/ano, uma das maiores do mundo. Nos Estados Unidos, o consumo de frango é da ordem de 64 quilos por habitante/ano.

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