Governo do PR investe na prevenção a desastres ambientais 10/06/2014 - 16:40

Além de iniciativas para apoiar as vítimas das enchentes, o Governo do Paraná tem programada uma série de investimentos para que os paranaenses tenham conhecimento antecipado da ocorrência de eventos climáticos severos e assim possam se proteger a tempo.

O Estado está investindo R$ 80 milhões no Programa de Fortalecimento da Gestão de Riscos e Desastres e mais R$ 120 milhões no Programa de Gestão Sustentável de Microbacias. “Com apoio parcial do Banco Mundial e por determinação do governador Beto Richa esse é o maior investimento que o Paraná já fez em prevenção e resposta a desastres ambientais”, afirma o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antonio Caetano de Paula Jr.

Entre os investimentos já realizados estão a aquisição de 100 estações hidrométricas automáticas, conectadas a satélites, para monitorar o nível dos rios (R$ 2,4 milhões); a compra de 15 estações meteorológicas avançadas, conectadas a satélites, para monitorar chuvas e ventos (R$ 500 mil) e de um supercomputador para melhorar os modelos de previsão de chuvas (R$ 1,2 milhão), além do desenvolvimento de modelos matemáticos para aumentar a precisão da previsão de chuvas e relacioná-las com as enchentes (R$ 1,5 milhão).

Outras medidas já tomadas são a elaboração do Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil, a implantação do Conselho Estadual de Proteção e Defesa Civil, a realização do 1º Inventário Paranaense de Emissões de Gases do Efeito Estufa, que tem investimentos de R$ 800 mil e deve estar concluído em outubro deste ano. Também em andamento, o Programa Bioclima incentiva a preservação da cobertura florestal e o Programa de Gestão Integrada do Solo Rural por Microbacias, com recursos de R$ 120 milhões destinados a apoiar o uso ambientalmente sustentável nas propriedades rurais de 400 microbacias hidrográficas.

ESTRADA COM ARAUCÁRIAS - O programa Estrada com Araucárias incentiva as empresas a investir no plantio do pinheiro do Paraná para capturar carbono e criar barreiras ao escoamento superficial da água da chuva. Debatido em audiências públicas nas principais cidades do Paraná, o Zoneamento Ecológico-Econômico do Paraná vai orientar o uso do solo e deve estar pronto em novembro deste ano.

Nos próximos 30 dias será definida licitação internacional para aquisição de dois radares para tornar mais precisa a previsão do clima (R$ 7 milhões). Nesse prazo também serão liberados recursos para operação e manutenção da Rede Paranaense de Monitoramento do Clima (R$ 2 milhões). Serão lançadas licitações para montagem de uma sala de situação que vai melhorar a previsão climática e acelerar a resposta a desastres (R$ 2,5 milhões), implantar Centros Regionais de Monitoramento de Desastres em todas as regiões do Paraná (950 mil) e comprar Veículos Aéreos Não Tripulados (R$ 200 mil) e sete Estações de Monitoramento Atmosférico (R$ 6 milhões).

O secretário estadual do Meio Ambiente aponta que os alagamentos são causados não só no local em que ocorrem, devido ao crescimento urbano sobre áreas inapropriadas, mas principalmente rio acima, por causa da destruição da mata ciliar e da compactação do solo agrícola. “Esses importantes equipamentos só não foram adquiridos antes porque o governo federal barrou por dois anos os empréstimos do Banco Mundial ao Paraná”, explica Caetano.

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