Governo inicia diagnóstico para plano de qualificação profissional 22/06/2011 - 16:02
Para atender as necessidades do setor produtivo e aumentar a competitividade do Paraná na atração de novos investimentos, o governo do Estado iniciou no dia 20 de junho um amplo debate sobre qualificação profissional. A ação faz parte do programa Paraná Competitivo e reuniu sindicatos, associações, federações, universidades, entidades do Sistema S, lideranças políticas, representantes patronais e dos empregados para debater os problemas e as demandas referentes ao tema.
O governador Beto Richa disse que o Paraná conta hoje com um grande programa de desenvolvimento econômico e social que está atraindo empresas e incentivando outras a ampliar suas produções. Isso, no entanto, gera outras necessidades, como a qualificação de mão de obra e capacitação profissional. “Estamos na iminência de um apagão de mão de obra no Brasil. É necessário preparar o Estado para esse novo momento de desenvolvimento”, ressaltou.
Para vencer esse desafio, disse Richa, o governo conta com a participação do setor produtivo e com entidades ligadas à área. “A palavra é cooperação. Todos defendem os interesses do Paraná. O governo quer parcerias com as entidades, sistema S, com instituições, universidades. Estamos de braços dados com o setor produtivo”, afirmou.
No encontro, foram distribuídos questionários para avaliar até que ponto os cursos profissionalizantes existentes hoje representam as necessidades do mercado de trabalho. “Assim como em outras reuniões do Paraná Competitivo, queremos nesta reunião de trabalho organizar os esforços para gerar melhores resultados com os recursos que já existem”, explicou o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros. “As respostas vão nos ajudar a ter o mapeamento da situação.”
O secretário do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, disse que o governo trabalha na formatação de um Sistema Estadual de Qualificação Profissional, a ser criado por meio de lei. “Temos o grande desafio de criar programas específicos para atender as demandas dos diversos setores”, afirmou. Segundo ele, o sistema contaria inclusive com a criação de um Fundo de Apoio ao Trabalho para captar recursos para serem aplicados na capacitação. “Hoje os recursos não são suficientes. O mercado está aquecidíssimo e há muita demanda”, disse Romanelli.
O vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, lembrou que a criação dos cursos deve estar ligada às demandas regionais. Arns afirmou que essa relação pode ajudar a reversão da preocupante estatística segundo a qual somente 15 % dos jovens buscam as universidades. “Precisamos levar os cursos para os locais pretendidos e estar atentos às modificações das demandas”, afirmou.
Para atender às necessidades regionais, o governo também pretende utilizar as universidades estaduais, que contam hoje com mais de 370 cursos de graduação. “Temos instituições de ensino e pesquisa capazes de formar recursos humanos de acordo com a demanda”, frisou o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal.
PARTICIPAÇÕES – A reunião contou com mais de 200 participantes, que por cerca de duas horas discutiram assuntos ligados à qualificação profissional. Segundo o presidente da Associação Comercial do Paraná, Edson Ramon, o encontro foi um momento histórico para o Paraná. “A verdadeira vantagem competitiva de um estado é a qualificação profissional da sua mão de obra”, disse.
O vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), José Eugênio Gizzi, afirmou que os cursos profissionalizantes atendem a demanda do setor. “Contudo, precisamos também achar alternativas para aumentar a disponibilidade de mão de obra”, disse.
Representantes de vários segmentos da economia apresentaram suas necessidades. O presidente do Sindicato da Indústria de Carnes, Péricles Salazar, disse que faltam cursos específicos para o setor. “Há muitos cursos, mas eles não atendem a demanda do setor de carnes no Paraná. Cito o caso da falta de mão de obra na área de desossador”, disse.
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho, Adir de Souza, cobrou a criação de mais cursos de qualificação gratuitos por meio de parcerias com o governo do Estado e com as secretarias de educação municipais ou estadual. “Também sugiro um maior debate sobre o tema. O Paraná e os seus trabalhadores têm muito a ganhar”, disse o sindicalista, que também faz parte da direção nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Para o secretário do Trabalho de Curitiba, Paulo Bracarense, a preocupação com a qualificação profissional deve ser acompanhada do esforço para melhorar o ensino regular. “É preciso qualificar desde o ensino básico até o superior”, disse.
A ideia foi ao encontro das situações vivenciadas no setor de telefonia, segundo presidente do sindicato do segmento, Hélio Bampi. “Muitas vezes temos o candidato, mas ele não é considerado apto pelo perfil e pela formação básica”, disse.
Também participaram do encontro o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures; o reitor da UFPR, Zaki Akel; o presidente da Faciap, Rainer Zielasko; os secretários estaduais Wilson Quinteiro (Relações com a Comunidade) e Edson Casagrande (Assuntos Estratégicos); os deputados federais Cida Borghetti e Eduardo Sciarra; prefeitos; vereadores e lideranças políticas e do setor privado.
PARANÁ COMPETITIVO – O programa Paraná Competitivo possui cinco vertentes com o objetivo de aumentar a competitividade da economia paranaense nos mercados nacional e internacional. Além da qualificação profissional, há mais quatro linhas de ação: fiscal, que modernização e flexibilizou a política estadual; internacionalização, que recentemente gerou a criação da Agência de Internacionalização do Estado; infraestrutura, que está em andamento e desburocratização.
Em menos de seis meses o programa já atraiu mais de R$ 1,3 bilhão em investimentos para o Paraná. Fonte AEN
O governador Beto Richa disse que o Paraná conta hoje com um grande programa de desenvolvimento econômico e social que está atraindo empresas e incentivando outras a ampliar suas produções. Isso, no entanto, gera outras necessidades, como a qualificação de mão de obra e capacitação profissional. “Estamos na iminência de um apagão de mão de obra no Brasil. É necessário preparar o Estado para esse novo momento de desenvolvimento”, ressaltou.
Para vencer esse desafio, disse Richa, o governo conta com a participação do setor produtivo e com entidades ligadas à área. “A palavra é cooperação. Todos defendem os interesses do Paraná. O governo quer parcerias com as entidades, sistema S, com instituições, universidades. Estamos de braços dados com o setor produtivo”, afirmou.
No encontro, foram distribuídos questionários para avaliar até que ponto os cursos profissionalizantes existentes hoje representam as necessidades do mercado de trabalho. “Assim como em outras reuniões do Paraná Competitivo, queremos nesta reunião de trabalho organizar os esforços para gerar melhores resultados com os recursos que já existem”, explicou o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros. “As respostas vão nos ajudar a ter o mapeamento da situação.”
O secretário do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, disse que o governo trabalha na formatação de um Sistema Estadual de Qualificação Profissional, a ser criado por meio de lei. “Temos o grande desafio de criar programas específicos para atender as demandas dos diversos setores”, afirmou. Segundo ele, o sistema contaria inclusive com a criação de um Fundo de Apoio ao Trabalho para captar recursos para serem aplicados na capacitação. “Hoje os recursos não são suficientes. O mercado está aquecidíssimo e há muita demanda”, disse Romanelli.
O vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, lembrou que a criação dos cursos deve estar ligada às demandas regionais. Arns afirmou que essa relação pode ajudar a reversão da preocupante estatística segundo a qual somente 15 % dos jovens buscam as universidades. “Precisamos levar os cursos para os locais pretendidos e estar atentos às modificações das demandas”, afirmou.
Para atender às necessidades regionais, o governo também pretende utilizar as universidades estaduais, que contam hoje com mais de 370 cursos de graduação. “Temos instituições de ensino e pesquisa capazes de formar recursos humanos de acordo com a demanda”, frisou o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal.
PARTICIPAÇÕES – A reunião contou com mais de 200 participantes, que por cerca de duas horas discutiram assuntos ligados à qualificação profissional. Segundo o presidente da Associação Comercial do Paraná, Edson Ramon, o encontro foi um momento histórico para o Paraná. “A verdadeira vantagem competitiva de um estado é a qualificação profissional da sua mão de obra”, disse.
O vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), José Eugênio Gizzi, afirmou que os cursos profissionalizantes atendem a demanda do setor. “Contudo, precisamos também achar alternativas para aumentar a disponibilidade de mão de obra”, disse.
Representantes de vários segmentos da economia apresentaram suas necessidades. O presidente do Sindicato da Indústria de Carnes, Péricles Salazar, disse que faltam cursos específicos para o setor. “Há muitos cursos, mas eles não atendem a demanda do setor de carnes no Paraná. Cito o caso da falta de mão de obra na área de desossador”, disse.
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho, Adir de Souza, cobrou a criação de mais cursos de qualificação gratuitos por meio de parcerias com o governo do Estado e com as secretarias de educação municipais ou estadual. “Também sugiro um maior debate sobre o tema. O Paraná e os seus trabalhadores têm muito a ganhar”, disse o sindicalista, que também faz parte da direção nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Para o secretário do Trabalho de Curitiba, Paulo Bracarense, a preocupação com a qualificação profissional deve ser acompanhada do esforço para melhorar o ensino regular. “É preciso qualificar desde o ensino básico até o superior”, disse.
A ideia foi ao encontro das situações vivenciadas no setor de telefonia, segundo presidente do sindicato do segmento, Hélio Bampi. “Muitas vezes temos o candidato, mas ele não é considerado apto pelo perfil e pela formação básica”, disse.
Também participaram do encontro o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures; o reitor da UFPR, Zaki Akel; o presidente da Faciap, Rainer Zielasko; os secretários estaduais Wilson Quinteiro (Relações com a Comunidade) e Edson Casagrande (Assuntos Estratégicos); os deputados federais Cida Borghetti e Eduardo Sciarra; prefeitos; vereadores e lideranças políticas e do setor privado.
PARANÁ COMPETITIVO – O programa Paraná Competitivo possui cinco vertentes com o objetivo de aumentar a competitividade da economia paranaense nos mercados nacional e internacional. Além da qualificação profissional, há mais quatro linhas de ação: fiscal, que modernização e flexibilizou a política estadual; internacionalização, que recentemente gerou a criação da Agência de Internacionalização do Estado; infraestrutura, que está em andamento e desburocratização.
Em menos de seis meses o programa já atraiu mais de R$ 1,3 bilhão em investimentos para o Paraná. Fonte AEN