Mais 175 famílias de Campo Magro terão casas em um mês 21/03/2012 - 14:59

A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) realizou no dia 20 de março o sorteio de mais 175 unidades habitacionais na cidade de Campo Magro. As casas são construídas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e atendem famílias que moram em áreas de risco. No total, são 388 moradias e 42 regularizações fundiárias com investimentos de R$ 13,7 milhões, dos quais R$ 3,1 milhões (23%) referem-se à contrapartida do governo do Estado.

O sorteio é realizado entre as famílias cadastradas pelo serviço social da Cohapar em parceria com o município. A medida evita divergências entre as famílias em relação à localização e cor das casas.

As casas são de alvenaria, telhas de cerâmica, 40 metros quadrados, em projetos arquitetônicos diferenciados nas formas individual e geminada. Todas as casas terão rede de água, esgoto, energia, galerias de drenagem, pavimentação, paisagismo. As famílias pagam prestações médias de R$ 70 e, a cada ano, este valor diminui. O prazo do financiamento é de 300 meses.

“O governador Beto Richa assinou a ordem de serviço destas casas no início do ano passado e a obra já está praticamente pronta. Isso demonstra o comprometimento que o governo do Paraná tem pelos cidadãos que mais precisam de apoio. Vamos mudar a realidade de mais 175 famílias”, destacou o presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche.

O prefeito de Campo Magro, José Antônio Pase, enfatizou o cuidado que as pessoas devem ter com suas novas moradias. “Foi um esforço muito grande de todos os envolvidos neste projeto. Quando vocês estiverem morando neste novo bairro, devem zelar para que tudo fique bem cuidado”, recomendou.

ESPERANÇA – Virgínia Moreira, 78 anos, não conseguia conter as lágrimas ao falar sobre a vida na nova casa. Há cerca de um mês, o barranco atrás da casa onde mora desmoronou e parte do quarto está tomado pela terra. “Trabalhava na roça e sofri demais nessa vida. Uma vez tive que ser retirada de casa pelos bombeiros porque era tanta água que não tinha por onde sair. Mal posso esperar pela mudança”, disse.

Luana Alves Leite e o marido Fabiano Dias da Silva perderam a casa em março do ano passado e hoje pagam aluguel de R$ 250 por uma moradia também em área de risco. “Quando a casa caiu, eu estava grávida e foi um desespero porque não tínhamos para onde ir. Ficamos um tempo na casa da minha irmã e depois alugamos esta casa, mas tenho medo de que na próxima chuva aconteça uma desgraça”, disse Luana.

“O melhor de tudo é saber que teremos segurança para nossas filhas. Poderei trabalhar tranquilo nos dias de chuva sem a preocupação de não saber o que vou encontrar quando retornar para casa. Mais feliz que hoje só o dia que pegar as chaves da nossa casa”, disse Fabiano.

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