Produção de cogumelos diversifica agricultura familiar em Tijucas do Sul 06/07/2015 - 15:05
A produção de cogumelos Paris diversifica as atividades da agricultura familiar no município de Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. Tradicionalmente produtores de fumo e de hortaliças, os pequenos agricultores aproveitam o clima favorável da região para produzir os cogumelos, também conhecidos como champignon, no período de entressafra. Com o apoio do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), eles se organizaram em uma cooperativa para comercializar o produto e melhorar o faturamento.
A Cooperativa Agroindustrial de Produtores Coopertijucas conta com aproximadamente 60 associados, que produzem cerca de 25 toneladas de cogumelos por mês, comercializados em conserva para Curitiba e nas cidades Joinville e Blumenau, em Santa Catarina. A cultura foi introduzida no município há quase 20 anos, mas tem se desenvolvido nos últimos três anos, graças ao trabalho do Emater junto à cooperativa.
“Temos feito um trabalho mais focado neste produto, porque entendemos que é uma alternativa interessante para a agricultura familiar, pois tem um grande potencial de geração de emprego e de renda”, explica o extensionista do Emater Nivaldo Gomes. “É uma alternativa principalmente para as mulheres, que se identificam com a atividade por ser menos pesada que o fumo, por exemplo”, explica Nivaldo. “É também uma boa oportunidade para os jovens ficarem na propriedade sem precisar buscar emprego na cidade.”
Muitas famílias trocaram o plantio do fumo pelos cogumelos por ser uma atividade mais rentável economicamente, que rende de três a cinco safras por ano e que despende menos mão de obra. Antigas granjas de criação de aves, que foram desativadas, também foram adaptadas para o cultivo.
A família de Carmem Maoski Montanarim ainda trabalha com a plantação de fumo, mas depois de quatro anos cultivando cogumelos, já faz planos para focar apenas nesta produção. “É um processo mais fácil, mais leve e mais rápido que o fumo. Vamos construir uma estufa só para os cogumelos e, no futuro, a ideia é deixar o fumo de lado e trabalhar só com eles”, planeja a produtora.
“A produção de cogumelos ajudou a manter toda nossa família trabalhando junto, ninguém se dispersou”, conta Carmem, que trabalha no cultivo junto com o marido e três filhos.
PRODUÇÃO – O clima úmido e temperado de Tijucas do Sul é propício para a produção do cogumelo Paris, que, para se reproduzir, precisa de temperaturas entre 17ºC e 26°C e umidade relativa do ar entre 80% e 90%. Os cogumelos são cultivados em câmaras climatizadas com áreas de 40 a 60 metros quadrados.
São, geralmente, os mesmos espaços utilizados para a secagem do fumo – colhido entre os meses de dezembro e março –, que foram adaptados para receber a produção do cogumelo no restante do ano.
O composto com as sementes de cogumelos já chega pronto para os produtores dentro de sacos, que são armazenados nas câmaras de cultivo. Cada saco produz cerca de 1,8 quilo de champinhom. Como as estufa têm capacidade para armazenar de 250 a 300 sacos, cada uma produz cerca 450 quilos do produto.
São três ciclos de colheita por saco. Depois que eles acabam, todo o ambiente passa por um processo de desinfecção para receber um novo cultivo, que leva em torno de 60 dias até a próxima colheita.
COOPERATIVA – Depois de colhidos, os cogumelos passam por um processo de lavagem e cozimento na própria propriedade, para então ser encaminhado à cooperativa, onde são empacotados e comercializados. Por enquanto, os produtos são vendidos apenas em conserva para distribuidoras, mas a ideia da Coopertijucas é comercializar o cogumelo in natura e também em sachês de 100 gramas, que podem ser vendidos diretamente às feiras e supermercados.
“O trabalho melhorou bastante com a cooperativa. Antes a gente colhia e os cogumelos ficavam armazenados nas barricas por até três meses antes de serem vendidos para os atravessadores, que combinavam um preço e acabavam pagando outro”, conta Carmem Montanarim. “Agora, com a cooperativa, a gente vende assim que colhe e tudo é pago certinho”, afirma a produtora.
O presidente da Coopertijucas, Eliobas de Jesus Leandro, explica que a organização só foi possível com o apoio do Emater e da prefeitura de Tijucas do Sul, que cedeu um espaço para a cooperativa se instalar. “Tudo melhorou com a criação da cooperativa. O trabalho estava complicado, os produtores não tinham apoio e assistência técnica e muitos acabaram quebrando”, conta. “Hoje muitas famílias são beneficiadas, pois é um trabalho leve que pode envolver as mulheres e os jovens. É uma produção rentável, desde que tenha estrutura e conhecimento do cultivo”, diz.
A Cooperativa Agroindustrial de Produtores Coopertijucas conta com aproximadamente 60 associados, que produzem cerca de 25 toneladas de cogumelos por mês, comercializados em conserva para Curitiba e nas cidades Joinville e Blumenau, em Santa Catarina. A cultura foi introduzida no município há quase 20 anos, mas tem se desenvolvido nos últimos três anos, graças ao trabalho do Emater junto à cooperativa.
“Temos feito um trabalho mais focado neste produto, porque entendemos que é uma alternativa interessante para a agricultura familiar, pois tem um grande potencial de geração de emprego e de renda”, explica o extensionista do Emater Nivaldo Gomes. “É uma alternativa principalmente para as mulheres, que se identificam com a atividade por ser menos pesada que o fumo, por exemplo”, explica Nivaldo. “É também uma boa oportunidade para os jovens ficarem na propriedade sem precisar buscar emprego na cidade.”
Muitas famílias trocaram o plantio do fumo pelos cogumelos por ser uma atividade mais rentável economicamente, que rende de três a cinco safras por ano e que despende menos mão de obra. Antigas granjas de criação de aves, que foram desativadas, também foram adaptadas para o cultivo.
A família de Carmem Maoski Montanarim ainda trabalha com a plantação de fumo, mas depois de quatro anos cultivando cogumelos, já faz planos para focar apenas nesta produção. “É um processo mais fácil, mais leve e mais rápido que o fumo. Vamos construir uma estufa só para os cogumelos e, no futuro, a ideia é deixar o fumo de lado e trabalhar só com eles”, planeja a produtora.
“A produção de cogumelos ajudou a manter toda nossa família trabalhando junto, ninguém se dispersou”, conta Carmem, que trabalha no cultivo junto com o marido e três filhos.
PRODUÇÃO – O clima úmido e temperado de Tijucas do Sul é propício para a produção do cogumelo Paris, que, para se reproduzir, precisa de temperaturas entre 17ºC e 26°C e umidade relativa do ar entre 80% e 90%. Os cogumelos são cultivados em câmaras climatizadas com áreas de 40 a 60 metros quadrados.
São, geralmente, os mesmos espaços utilizados para a secagem do fumo – colhido entre os meses de dezembro e março –, que foram adaptados para receber a produção do cogumelo no restante do ano.
O composto com as sementes de cogumelos já chega pronto para os produtores dentro de sacos, que são armazenados nas câmaras de cultivo. Cada saco produz cerca de 1,8 quilo de champinhom. Como as estufa têm capacidade para armazenar de 250 a 300 sacos, cada uma produz cerca 450 quilos do produto.
São três ciclos de colheita por saco. Depois que eles acabam, todo o ambiente passa por um processo de desinfecção para receber um novo cultivo, que leva em torno de 60 dias até a próxima colheita.
COOPERATIVA – Depois de colhidos, os cogumelos passam por um processo de lavagem e cozimento na própria propriedade, para então ser encaminhado à cooperativa, onde são empacotados e comercializados. Por enquanto, os produtos são vendidos apenas em conserva para distribuidoras, mas a ideia da Coopertijucas é comercializar o cogumelo in natura e também em sachês de 100 gramas, que podem ser vendidos diretamente às feiras e supermercados.
“O trabalho melhorou bastante com a cooperativa. Antes a gente colhia e os cogumelos ficavam armazenados nas barricas por até três meses antes de serem vendidos para os atravessadores, que combinavam um preço e acabavam pagando outro”, conta Carmem Montanarim. “Agora, com a cooperativa, a gente vende assim que colhe e tudo é pago certinho”, afirma a produtora.
O presidente da Coopertijucas, Eliobas de Jesus Leandro, explica que a organização só foi possível com o apoio do Emater e da prefeitura de Tijucas do Sul, que cedeu um espaço para a cooperativa se instalar. “Tudo melhorou com a criação da cooperativa. O trabalho estava complicado, os produtores não tinham apoio e assistência técnica e muitos acabaram quebrando”, conta. “Hoje muitas famílias são beneficiadas, pois é um trabalho leve que pode envolver as mulheres e os jovens. É uma produção rentável, desde que tenha estrutura e conhecimento do cultivo”, diz.