Richa anuncia início da instalação de módulos móveis pela capital 06/08/2012 - 15:41

O governador Beto Richa disse no dia 06 de agosto que o governo estadual irá implantar módulos móveis da Polícia Militar nos 75 bairros de Curitiba. A medida, que faz parte do programa Paraná Seguro, deve começar a ser executada a partir de outubro.

Segundo Richa, o objetivo é reforçar o policiamento ostensivo, aproximar as forças policiais da comunidade e reduzir os índices de criminalidade. “Uma das ações do governo na área de segurança é retomar os módulos policiais nos bairros, uma política pública que estava abandonada”, disse o governador.

O anúncio do governador ocorreu durante a implantação da sétima Unidade Paraná Seguro (UPS) em Curitiba, na Vila Osternack. A área está ocupada desde sexta-feira por 300 policiais. As outras bases estão instaladas nos bairros Uberaba, Parolin e quatro na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

Durante a solenidade, Richa ressaltou a redução de 15% no número de homicídios na capital e de 3,28% na Região Metropolitana de Curitiba no primeiro semestre deste ano. “Temos um programa avançado que tem conquistado resultados importantes na redução da criminalidade no Paraná”, disse.

Richa lembrou que o governo estadual trabalha para reestruturar a segurança pública, com ações do Programa Paraná Seguro. O programa prevê ainda a contratação de 12 mil policiais, compra de 3,2 mil viaturas com tecnologia embarcada, implantação de 400 módulos móveis em todo o Estado, construção de 95 delegacias e implantação de novos batalhões da Polícia Militar.

A implantação de UPS integra as medidas do governo estadual para reforçar a segurança pública e reduzir a taxa de criminalidade no Estado. As outras seis unidades estão em funcionamento em bairros da capital: Uberaba, Parolin e Cidade Industrial de Curitiba (Caiuá, Nossa Senhora da Luz, Sabará e Vila Verde).

Até o fim do ano, outras três unidades serão implantadas em Curitiba, totalizando dez na capital. O projeto também será levado para cidades do interior do Estado. Richa destacou ainda a instalação do Batalhão de Fronteira para a repressão do crime organizado na região Oeste do Paraná.

MÓDULOS - O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Roberson Bondaruk, disse que o retorno dos módulos policiais é fundamental para a concepção de polícia comunitária. A presença nos bairros permite um deslocamento rápido para acompanhar as ocorrências que surgirem na região.

“Os módulos móveis permitem um atendimento mais completo, com agilidade e integração com a população. Uma medida importante que devolve os espaços públicos para o cidadão”, disse ele. O comandante-geral explica que os policiais que atuarão nos módulos fazem parte da maior contratação de policiais da história do Estado. Foram 3.120 novos agentes que estão em curso e serão formados em setembro.

PRESENÇA POLÍCIAL – A sétima UPS da capital vai atender áreas do bairro do Sítio Cercado, que concentra 6,6% da população de Curitiba, 8,48% das mortes violentas da cidade e 4,71% do total de roubos ocorridos na capital, no período de janeiro a julho deste ano. Antes da ocupação, 37 pessoas acusadas de tráfico de drogas, roubo e homicídios foram presas na região, além da apreensão sete armas de fogo e sete quilos de drogas.

De acordo com o secretário Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, cerca de 30 policiais ficarão em caráter permanente nos bairros que estão recebendo UPS. “A UPS do Paraná não é apenas uma ação de polícia, mas de revitalização da vida comunitária local, com uma polícia comunitária e próxima da população”, disse o secretário.

Almeida Cesar lembra que a participação da prefeitura do município é fundamental para a implantação de serviços públicos que promovam a cidadania. Segundo ele, cada UPS terá uma sede com central de monitoramento e espaços que permitam atividades de interação com a comunidade.

A dona de casa Zélia de Jesus de Lima, moradora da Vila Osternack há 10 anos, disse que a presença policial será importante para trazer mais tranqüilidade para os 20 mil habitantes. “Esperamos agora uma melhora e poder sair e deixar as crianças em casa com segurança. Estamos otimistas”, afirmou ela, que tem 46 anos.

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