O Paraná quer aproveitar a experiência da Coreia do Sul em recuperação de rios urbanos para aplicar sua tecnologia no projeto de revitalização da bacia do Rio Iguaçu. “Queremos fortalecer as relações do Paraná com a Coreia do Sul. Vamos avançar na proposta de integração técnica para recuperação do Rio Iguaçu, que é o principal rio paranaense”, disse o governador Beto Richa, durante reunião, no dia 16 de novembro, no Palácio Iguaçu, com o embaixador sul-coreano no Brasil, Jeon-Gwan Lee.

Richa agradeceu a visita do embaixador e apresentou as potencialidades econômicas e culturais do Paraná. “Hoje o Paraná realiza um grande plano de investimentos para modernização da infraestrutura viária e urbana. Temos obras nas estradas, portos, aeroportos e ferrovias do Estado”, disse. Ele falou ainda que o estado tem um grande programa para atração de investimentos privados. “O Paraná vive um novo ciclo industrial, graças ao diálogo e à segurança jurídica que o governo proporciona”, afirmou Richa.

No encontro, o embaixador disse que a Coreia do Sul conseguiu fazer um ótimo trabalho de despoluição da parte urbana do Rio Cheonggyechon, em Seul, capital do país. “Temos experiência nessa área e queremos compartilhar com o Paraná. Tenho certeza que será uma parceria de muito sucesso”, disse. Ele lembrou que seu país importou de Curitiba o sistema de transporte coletivo. “O sistema de transporte deu muito certo. Então agora é nossa hora de retribuir o Paraná passando tecnologia para revitalização do rio”, disse.

REVITALIZAÇÃO – Por intermédio da vice-governadora Cida Borghetti, o Governo do Paraná mantém contatos com a embaixada da Coreia do Sul para implantar projetos semelhantes aos realizados na revitalização de bacias hidrográficas urbanas sul-coreanas. A embaixada da Coreia do Sul indicou a empresa Korea Water Resources Corporation – K-Water para cooperação a ser desenvolvida entre o Estado do Paraná e o Governo da Coreia.

A revitalização é um projeto integrado do Governo do Estado que envolve secretarias estaduais, autarquias, empresas públicas e 109 municípios, onde vivem cerca de 4,4 milhões de paranaenses. Também serão envolvidos universidades, organizações não governamentais, ambientalistas e setores usuários de recursos hídricos como indústria e agricultura.

A bacia do Rio Iguaçu é a maior do Estado, servindo para geração de energia elétrica, desenvolvimento agrícola e industrial e onde está ainda uma das primeiras unidades de conservação do país, o Parque Nacional do Iguaçu. Porém, é no trecho mais urbanizado, de Curitiba e Região Metropolitana, que consiste o interesse do Governo na parceria técnica com a Coreia do Sul. ATRAÇÃO DE EMPRESAS - Além disso, o diplomata disse que as empresas sul-coreanas procuram alternativas de mercados fora do estado de São Paulo. “Queremos mostrar aos nossos empresários que existem outros lugares para investimentos fora do eixo de São Paulo. Sabendo que existe diálogo e cooperação para novas oportunidades e tenho certeza que o Paraná será um lugar de destaque para nossos empresários”, afirmou ele. Entre as principais empresas sul-coreanas no Brasil estão a Sansung, LG e Hyundai,

Jeon-Gwan Lee falou do cenário econômico brasileiro e disse que esse é um momento para superação. “Momento de dificuldades econômicas são ótimos para buscar novas oportunidades de negócios. Apesar dessa crise econômica, o Paraná tem seu diferencial”. O embaixador disse ainda que é necessário intensificar a cooperação com o Paraná no setor agropecuário. De acordo com ele, a Coreia do Sul é grande produtora de equipamentos agrícolas que podem ser exportados ao Paraná. Além da comitiva sul-coreana, a vice-governadora Cida Borghetti também acompanhou a reunião.