Assembleia debate formas de fomentar piscicultura na RMC 19/05/2011 - 10:34
Discutir um modelo para fomentar a atividade pesqueira na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) que possa ampliar a geração de renda e emprego. Este foi um dos temas do evento “Aquicultura como Alternativa Econômica para a Região Metropolitana de Curitiba”, realizado na tarde do dia 12 de maio, na Assembleia Legislativa. Proposto pela Comissão de Assuntos Metropolitanos da Casa, presidida pelo deputado Toninho Wandscheer (PT), o evento contou com a presença do deputado Rasca Rodrigues (PV); do diretor-presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Rui Hara; do superintendente federal do Ministério da Pesca e Aquicultura no Paraná, José Wigineski; e de diversos técnicos e especialistas da área.
Wandscheer disse que o propósito do encontro era conhecer, ouvir as demandas e as necessidades do setor e procurar soluções. “Além disso, nossa intenção é criar um fórum de debates e desenvolver um projeto que fortaleça este tipo de atividade, gerando uma segunda opção de renda ao agricultor”, explicou o deputado petista.
Durante o evento, o deputado Rasca Rodrigues (PV) destacou o modo sustentável da produção pesqueira e o relacionou com os benefícios à saúde. “A promoção da piscicultura não se restringe à economia, mas também, se comparado a outras culturas como a bovina, é muito mais sustentável e traz mais benefícios à saúde. Além disso, quem cria peixes, tem automaticamente uma preocupação coma qualidade das águas”, comentou. Rasca acredita que os rios do Paraná podem ser mais e melhor aproveitados com criação de peixes, que é “uma produção mais limpa e nutritiva à saúde”.
Parceiros – Diretor-presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Rui Hara observou que hoje um dos maiores desafios da entidade é auxiliar no desenvolvimento das cidades que compõem a Região Metropolitana, e que a agricultura agregada a outros processos ambientais pode trazer desenvolvimento econômico e social à região. “Estamos à disposição para auxiliar no que for possível para alavancar a área”, disse.
Na mesma linha, o superintendente federal do Ministério da Pesca e Aquicultura, José Wigineski, comentou que é possível o Governo Federal auxiliar, desde que os produtores se organizem e elaborem um projeto conjunto para a atividade. “Um projeto conjunto facilita ao governo saber das necessidades, como está a cadeia e como podemos contribuir com estes produtores”. Dados de 2009 do Ministério da Pesca informam que, em dois anos, o Paraná aumentou em 82% sua produção de peixes. Foram de 40 mil toneladas em 2009, contra 22 mil toneladas em 2007, quase o dobro.
Produção – Durante o evento o coordenador do Grupo Integrado de Aquicultura da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Antônio Ostrensky, e o coordenador de Piscicultura da Emater/PR, Luiz Danilo Muelhmann, falaram sobre a situação da piscicultura no Paraná. Seguindo quase a mesma linha, eles informaram que hoje os principais pólos de produção estão localizados nas regiões Oeste (Toledo e Cascavel), Norte (Cornélio Procópio e Santo Antonio da Platina) e Leste (Curitiba e Paranaguá). Ostrensky disse que hoje o Paraná não possui um modelo para criação de peixes, como Santa Catarina, por exemplo, porque há vários desafios a serem superados. Entre eles, destaque para licenciamento ambiental, tecnologia de produção (clima, sistemas de cultivos, espécies, destino da produção), assistência técnica, organização dos piscicultores e organização da produção. “Temos formas de produção de peixes, como a cultura de subsistência familiar, em viveiros e em regime intensivo, mas os produtores, além de enfrentarem estes desafios, devem se unir”, observou. Hoje as espécies cultivadas no Paraná são carpas (30%), tilápia (45%), bagres (6%) e outras (19%), e a produção é destinada a pesque-pagues (57%), feiras (18%), indústrias (11%) e vendas diretas (14%).
O coordenador de Piscicultura da Emater/PR, Luiz Danilo Muelhmann, comentou que das cerca de 30 mil toneladas de pescados produzidos no Paraná hoje, 75% vêm da piscicultura de dois pólos, Oeste e Norte. “A região Leste não é muito importante na produção, mas é o principal mercado consumidor. Por isso, merece atenção”, comentou.
Os deputados Toninho Wandscheer (PT) e Rasca Rodrigues (PV) se comprometeram a continuar debatendo o tema dentro da Casa de Leis e a realizar fóruns de discussão com produtores, secretários municipais de Meio Ambiente, técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP/PR). “Vamos iniciar um processo de desenvolvimento da piscicultura da RMC, porque hoje não há um modelo próprio para criação de peixes. E através da Assembleia podemos iniciar estas discussões, para depois apresentarmos projetos e indicações ao governador”, completou Toninho. ALP
Wandscheer disse que o propósito do encontro era conhecer, ouvir as demandas e as necessidades do setor e procurar soluções. “Além disso, nossa intenção é criar um fórum de debates e desenvolver um projeto que fortaleça este tipo de atividade, gerando uma segunda opção de renda ao agricultor”, explicou o deputado petista.
Durante o evento, o deputado Rasca Rodrigues (PV) destacou o modo sustentável da produção pesqueira e o relacionou com os benefícios à saúde. “A promoção da piscicultura não se restringe à economia, mas também, se comparado a outras culturas como a bovina, é muito mais sustentável e traz mais benefícios à saúde. Além disso, quem cria peixes, tem automaticamente uma preocupação coma qualidade das águas”, comentou. Rasca acredita que os rios do Paraná podem ser mais e melhor aproveitados com criação de peixes, que é “uma produção mais limpa e nutritiva à saúde”.
Parceiros – Diretor-presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Rui Hara observou que hoje um dos maiores desafios da entidade é auxiliar no desenvolvimento das cidades que compõem a Região Metropolitana, e que a agricultura agregada a outros processos ambientais pode trazer desenvolvimento econômico e social à região. “Estamos à disposição para auxiliar no que for possível para alavancar a área”, disse.
Na mesma linha, o superintendente federal do Ministério da Pesca e Aquicultura, José Wigineski, comentou que é possível o Governo Federal auxiliar, desde que os produtores se organizem e elaborem um projeto conjunto para a atividade. “Um projeto conjunto facilita ao governo saber das necessidades, como está a cadeia e como podemos contribuir com estes produtores”. Dados de 2009 do Ministério da Pesca informam que, em dois anos, o Paraná aumentou em 82% sua produção de peixes. Foram de 40 mil toneladas em 2009, contra 22 mil toneladas em 2007, quase o dobro.
Produção – Durante o evento o coordenador do Grupo Integrado de Aquicultura da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Antônio Ostrensky, e o coordenador de Piscicultura da Emater/PR, Luiz Danilo Muelhmann, falaram sobre a situação da piscicultura no Paraná. Seguindo quase a mesma linha, eles informaram que hoje os principais pólos de produção estão localizados nas regiões Oeste (Toledo e Cascavel), Norte (Cornélio Procópio e Santo Antonio da Platina) e Leste (Curitiba e Paranaguá). Ostrensky disse que hoje o Paraná não possui um modelo para criação de peixes, como Santa Catarina, por exemplo, porque há vários desafios a serem superados. Entre eles, destaque para licenciamento ambiental, tecnologia de produção (clima, sistemas de cultivos, espécies, destino da produção), assistência técnica, organização dos piscicultores e organização da produção. “Temos formas de produção de peixes, como a cultura de subsistência familiar, em viveiros e em regime intensivo, mas os produtores, além de enfrentarem estes desafios, devem se unir”, observou. Hoje as espécies cultivadas no Paraná são carpas (30%), tilápia (45%), bagres (6%) e outras (19%), e a produção é destinada a pesque-pagues (57%), feiras (18%), indústrias (11%) e vendas diretas (14%).
O coordenador de Piscicultura da Emater/PR, Luiz Danilo Muelhmann, comentou que das cerca de 30 mil toneladas de pescados produzidos no Paraná hoje, 75% vêm da piscicultura de dois pólos, Oeste e Norte. “A região Leste não é muito importante na produção, mas é o principal mercado consumidor. Por isso, merece atenção”, comentou.
Os deputados Toninho Wandscheer (PT) e Rasca Rodrigues (PV) se comprometeram a continuar debatendo o tema dentro da Casa de Leis e a realizar fóruns de discussão com produtores, secretários municipais de Meio Ambiente, técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP/PR). “Vamos iniciar um processo de desenvolvimento da piscicultura da RMC, porque hoje não há um modelo próprio para criação de peixes. E através da Assembleia podemos iniciar estas discussões, para depois apresentarmos projetos e indicações ao governador”, completou Toninho. ALP